sábado, 12 de julho de 2008

...A morte...


Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos,

parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada,estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena,
mas nada acontecia ali de risível, era só dor e a perplexidade, que é mesmo o que causa em todos os que ficam.
A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro:
a morte por si só, é uma piada pronta.
A morte é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário.
Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório...
Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...
MORRE.
Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu?
O livro que ficou pela metade?
O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia:
MORRER...
A troco de que?
Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviram para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.
Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego. Mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de duvidas quanto à profissão escolhida...
Mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outro, tudo isso termina...
Numa colisão na freeway...
Numa artéria entupida...
Num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis...
Qual é?
Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...
A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manha.
Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito...
Isso é para ser levado a sério?
Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo...
Já não há muito mesmo a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.
ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo?
Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.
Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...
Perdoe...
Sempre!!



Pedro Bial

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sweatshops: Exploração Moderna



O termo Sweatshops (em português “Fabricas de suor”) é cada vez mais usado nos dias atuais.
O próprio nome dá a entender que se tratam de fábricas envolvidas com a exploração extrema dos trabalhadores, caracterizada por um salário abaixo do mínimo necessário à sobrevivência, pela ausência de qualquer forma de garantia ou proteção trabalhista, pela exploração de crianças, pelas condições de trabalho perigosas para saúde ou por ameaças, moléstias sexuais e abusos físicos e psicológicos. As jornadas de trabalho são muito maiores do que a lei determina em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, elas são tão longas que lembram os primórdios da Revolução Industrial na Inglaterra. Muitos trabalhadores são forçados a turnos de trabalho de até 19 horas.

As denúncias internacionais contra os sweatshops crescem a cada ano e mostram uma triste realidade onde existem inúmeras possibilidades para exploração dos trabalhadores: são mulheres forçadas a tomar contraceptivos ou submetidas a testes de gravidez e que são demitidas se caso der positivo, trabalhadores expostos a substâncias tóxicas, ameaçados e demitidos em caso de protestos e impedidos de abandonar o trabalho por meio de vigias armados. Outra característica é que as sweatshops normalmente estão instaladas em países pobres, principalmente na Ásia e América latina, as empresas produzem nesses lugares, pois a regulação trabalhista lá é geralmente inexistente e os salários são menores.

Apesar de estarem instaladas majoritariamente nestes países, as sweatshops também são comuns em países do leste europeu e existem até mesmo nos Estados unidos. De acordo com a ONG CorpWacht, em Los Angeles dois terços dos imigrantes que trabalham na confecção de roupas não recebem o salário mínimo garantido pela lei. Os trabalhadores em El Salvador envolvidos na produção de tênis, que nos EUA custam cerca de 140 dólares, ganham 24 centavos de dólar a cada sapato produzido. Na China, trabalhadores morreram vítimas de sweatshops, para uma doença que ganhou o nome de "guolaosi": morte súbita por hiper-trabalho.

Há diversas multinacionais que utilizam essa forma de trabalho para aumentar os lucros em cima da produção, são nomes conhecidos no mercado internacional: Levi's, Nike, Tommy Hilfiger, American Eagle, Calvin Klein, Gap, Wal-Mart, Polo-Ralph Lauren, Kmart e muitas outras. A própria Disney foi acusada de explorar trabalhadores de uma fabrica em Bangladesh. Segundo informações da ONG The National Labor Committee, os trabalhadores responsáveis pela confecção de camisetas, eram submetidos a períodos de trabalho ininterrupto de até 15 horas, 7 dias por semana. Felizmente, tem crescido entre a população um sentimento de indignação contra essa prática ilegal de trabalho. Além de diversas ONG’s terem se empenhado na luta contra as sweatshops, é cada vez maior o número de pessoas que estão se mostrando descontentes e até mesmo boicotando marcas de roupas e acessórios fabricadas dessa maneira.

Todos concordam que esse tipo de exploração é inaceitável, principalmente em pleno século XXI, o problema é que, mesmo que essas multinacionais sejam impedidas de utilizar essas práticas, isso não quer dizer que contribuirá para o bem-estar da população do país. A grande maioria dos trabalhadores, mesmo sofrendo, depende das sweatshops para sobreviver, essa é uma questão que tem gerado muitas discussões. Os liberais defendem que, mesmo com as péssimas condições de trabalho, as sweatshops ainda são as melhores opções – ou a menos pior – pois, é um dos poucos meios disponíveis para a população pobre ter uma fonte de renda. Diante desse impasse, qual seria a atitude correta a ser tomada? Continuar comprando produtos fabricados em sweatshops, dando assim uma condição miserável, porém única a esses trabalhadores, ou então boicotar os produtos e limpar nossa consciência, mesmo sabendo que talvez não exista outra opção de trabalho para aquelas pessoas?

A solução deve vir da educação e conscientização das pessoas, e quando digo “pessoas”, não me refiro apenas à sociedade civil, que dentro do possível tenta ajudar por meio de ONG’s e boicotes, mas também dos governantes, aplicando leis trabalhistas com fiscalizações rígidas, e dos grandes empresários oferecendo condições de trabalho digna a seus funcionários. No mundo capitalista em que vivemos hoje, onde os lucros vêm acima de qualquer coisa, isso certamente soará como utopia, mas não é impossível. Se as grandes empresas entenderem que os clientes desejam consumir de maneira responsável, mais cedo ou mais tarde terão que se adequar a isso, ou então ficarão sem mercado. O problema é que ninguém acredita mais na história de “um outro mundo é possível”, ou então estão muito ocupados para pensar nisso. Deixam sempre a responsabilidade para o “outro” e assim ninguém faz nada. Por isso é, praticamente, impossível uma mudança à curto prazo, mas se começarmos a tomar atitudes agora, talvez no futuro as coisas sejam diferentes.

terça-feira, 1 de julho de 2008


A história dos video games envolve o desenvolvimento dos jogos electrónicos, que começaram a ser populares na década de 70,inicialmente em computadores e que logo culminaram na criação de arcades e consoles de videogames.
Para os games chegarem a seu auge passaram por um processo muito grande de desenvolvimento, estudo e produção, que se iniciou em 1958 com o primeiro game da história O PONG (simples simulador de tênis com apenas dois pauzinhos que rebatiam uma bola, de uma lado para o outro). O criado do jogo era um dos cientistas envolvidos na criação da bomba atômica e fez o jogo para aumentar as visitas a seu laboratório. Naquela época, estávamos no pico da guerra fria, e os americanos costumavam, pelo menos uma vez por ano, organizar excursões ao laboratório do exercito para conhecer, de perto, o poderio nuclear do Tio Sam, coisa de americano mesmo... Naquela época nem se imaginava que você poderia ter em casa uma máquina de entretenimento eletrônico, os games para serem jogados precisavam de enorme mainframes, um trambolho gigante. Para aparecer o primeiro vídeo game doméstico ainda faltava muito.

(1972) O primeiro vídeo game doméstico: Magnavox Odyssey 100
Tudo começou em 1949, com uma brilhante idéia do engenheiro Ralph Baer: “Por que não fazer uma televisão interativa?” Mas, só apenas em 1972 a empresa de tecnologia Magnavox começou a encaminhar o desenvolvimento de Odyssey, uma plataforma que conectado a Tv te proporcionaria divertimento. Na mesma época Nolan Bushnell (um jovem estudante de engenharia eletrônica, formado na Utah University em 1968, empregado da Ampex) começa a trabalhar em SpaceWar! (game de apenas 2KB) e termina criando Computer Space, o primeiro árcade da história, uma verdadeira revolução. Bushnell, alguns anos mais tarde cria uma pequena empresa chama Atari, que, com certeza, você conhece.

Atari: A empresa que deveria se chamar Syzygy mudou para Atari pois o estranho nome já estava patenteado por uma construtora (graças a deus). Atari significa um cheque mate no jogo de tabuleiro GO, muito famoso entre os japoneses. O logotipo do atari é uma reprodução do monte Fujiama, a montanha mais alta do Japão. Atualmente Atari é uma das maiores produtoras e distribuidoras de jogos do mundo.

Nintendo: Empresa Japonesa, que sua tradução quer dizer “deixe nas mãos do céu”, foi criada por Fusajiro Yamauchi em 1889. Começou fabricando um jogo de baralho oriental, chamado Hanafuda, impresso em papel. Atualmente, é uma das maiores produtoras de videogames do mundo, responsável pelos personagens de maior sucesso dos games, como o Mario Bros, Donkey Kong e Link. Em 2006 lançou o console “next-gen” Wii, um sucesso de vendas, que aposta em uma jogabilidade inovadora, mas peca no aspecto gráfico.

Sony: É uma multinacional japonesa, no mercado desde os anos 70. Ela fabrica uma infinidade de produtos eletrônicos, tais como aparelhos de televisão, som, DVDs, CDs, home theaters, câmeras digitais, computadores, etc. Atualmente é a que tem o videogame mais poderoso de todos, o qual, pelo elevado preço, não tem vendido tanto quanto seesperava... Depois do grande sucesso do PSOne e do seu sucessor PS2, a empresa aposta todas suas fichas na máquina mais desejada de entretenimento doméstico da história: O PS3.

Sega: Empresa fundada em Honolulu em 1940, é desenvolvedora de software e hardware para videogames, e uma antiga produtora de consoles. A companhia tem tido sucesso tanto no mercado de arcades quanto no de consoles caseiros, apesar de estar fora desse último setor desde 2001, quando “quebrou” no lançamento do DreamCast. Seu personagem carro chefe é o Sonic, um porco espinho azul, cultuado por grande parte dos game maníacos. Autalmente é responsável por diversos jogos para todas as plataformas, mas, na sétima geração se juntou a Nintendo para produzir o primeiro game em que Mario e Sonic se encontrarão nas olimpiadas.